EDITORIAL

SOMOS MUITOS...
Uns como civis,
outros militares,
de todos os continentes
e cores, feitios,e ideologia
, de um lado ,de ambos, ou
do outro lado da barricada,
ou de nenhum dos lados...
Este é o espaço de todos os que
em algum tempo da sua vida comungaram passageiramente, ou enraizadamente do solo e cultura do ex-ultramar lusitano...
do brasil a timor, de macau à india...
Na crisa do sol e da chuva,
da lua e da brisa do mar,
comungamos todos esse olhar sem fim
de esperança na Humanidade...
DESERDADOS DA FORTUNA...
Refractários talvez...
DESERTORES? NUNCA !!!

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sexta-feira, 3 de maio de 2013

ESTE PAÍS SUJO E NEGRO! LXXVIII

      In POESIA INCONTINENTE de Renato Gomes Pereira (Coimbra 16.09.1980).

 

   Óh Luzes! Óh Pirilampos

  deste fantasma perdido;

   como é cego

  este país adormecido !

 

Que o Vento Norte

se torne Vento Sul

Que p dócil Gato

seja dura Fera!

E os famintos…os pobres…

os rotos…os deserdados…

as viúvas;

e os tristes…os desesperados…

os humilhados…os vingadores…

e as JUSTICEIRAS !!!

Óh Luzes! Óh Pirilampos

deste país adormecido

como é cego

este fantasma perdido !

Comeram-no um SOL  VERDE

e uma LUA  PRETA.

No Bosque Velho

da Rua Morta…

…cheiram a trampa

estes cravos perfumados!

Óh Luzes! Óh Pirilampos

deste fantasma adormecido

como é cego

este país perdido!

Chegou o novo “spray” ao fim

Qual “BOMBA H” que não rebenta

na Paz Podre deste SOLO

neste atordoante silêncio

nesta algazarra muda

neste hilariante choro

neste…nesta,,,

neste…nisto…

que eu não quero

para mim!

Óh Luzes!Óh Pirilampos

deste país cego

como é perdido

este fantasma adormecido!

O que eu procuro não sei!

O que achei desconheço!

O que quero não existe!

Co’o que não quero tropeço!

Que eu sou fantasma e cego…

Que uma lua preta e um sol verde…

Que a alma boa era em “spray”…

O Vento Norte a trouxe

O vento Sul a levou…!

…E os abutres mortos

não conspiram!

E o ramo seco

não dá fruto.

Um poço sem fundo?

Um país adormecido e perdido !

Que herdei eu ?!

Óh Luzes! Óh Pirilampos

deste cego adormecido

como é perdido

este país fantasma!

 

                                               COIMBRA, 16 de Setembro de 1980.

 

PPG1a