EDITORIAL

SOMOS MUITOS...
Uns como civis,
outros militares,
de todos os continentes
e cores, feitios,e ideologia
, de um lado ,de ambos, ou
do outro lado da barricada,
ou de nenhum dos lados...
Este é o espaço de todos os que
em algum tempo da sua vida comungaram passageiramente, ou enraizadamente do solo e cultura do ex-ultramar lusitano...
do brasil a timor, de macau à india...
Na crisa do sol e da chuva,
da lua e da brisa do mar,
comungamos todos esse olhar sem fim
de esperança na Humanidade...
DESERDADOS DA FORTUNA...
Refractários talvez...
DESERTORES? NUNCA !!!

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toque

terça-feira, 23 de abril de 2013

QUO VADIS…

econo

QUO VADIS …TERRAE               LXXII

Na Europa os pinheiros choram todas as manhãs,

o orvalho já não existe,tornou-se lágrimas.

Todos os dias nas ruas amontoam-se máquinas

de carne e osso que não querem morrer !

Da Ásia nasce uma melodia fúnebre

Que já não encanta a serpente do ódio,

que todos os dias se enrosca nas gargantas

e aperta, esgana, esmigalha as crianças.

Em África, o litoral traiu o interior…

Trocaram a virgindade da Floresta

pela devassa prostituta da Guerra…

A Liberdade de Mãe África morre ao entardecer !

Na América esquecem a nossa existência

esquecem ter nascido duma revolução

que mostrou ao Mundo o caminho da LIBERDADE…

Esquecem-se e se masturbam com DOLLARS…

E o Mundo vai ardendo lentamente

como Roma incendiada por Nero…

E na Europa os pinheiros choram,

Na Asia toca uma melodia fúnebre,

Em África  a Liberdade morre ao entardecer

E na América esquecem a nossa existência…

                      20 Agosto de 1977

in “poesia incontinente”

       Renato Gomes Pereira